terça-feira, 13 de maio de 2014

30 dias para o caos



O teeeeempo passa! Olha a hora, olha a hora... Acorda o povo, joga água nele!
A Copa taí: após sete anos de "farra", 30 dias para começar a "festa".
Para homenagear a data, um belo acróstico:

T apeação nos aeroportos em vista
R ecursos públicos ralo abaixo
I nverdades contadas a risca
N ada entregue no prazo
T odos juntos vamos
A té o Maracanazo

D epois o povo esquece
I ncautos por pão e circo
A roubalheira que cresce
S obrará pra muitos o mico


Palavra de Aló.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Os 23 escolhidos + 23 e + 23



Felipão convocou os 23 que buscarão o tão sonhado Hexa dentro de casa. São eles:

Goleiros: Julio Cesar (Toronto), Jefferson (Botafogo) e Victor (Atlético/MG) 

Laterais: Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Roma), Marcelo (Real Madrid) e Maxwell (PSG) 

Zagueiros: Thiago Silva (PSG), David Luís (Chelsea), Dante (Bayern) e Henrique (Napoli)

Meias: Luiz Gustavo (Wolfsburg), Paulinho (Tottenham), Fernandinho (Manchester City), Ramires (Chelsea), Hernanes (Internazionale), Oscar (Chelsea) e William (Chelsea).

Atacantes: Hulk (Zenit), Jô (Atlético/MG), Fred (Fluminense), Bernard (Shakhtar) e Neymar (Barcelona).

Porém, desde que acompanho futebol, especialmente as convocações para Copas, sempre ouvi a máxima: "Antigamente formávamos quatro Seleções de qualidade". Havia realmente grandes jogadores que ficavam de fora.
E hoje? Será que consigo outros 23? Vamos lá:

Goleiros: Diego Cavalieri (Flu), Fernando Prass (Verdão) e Cássio (Timão) 


Laterais: Rafinha (Bayern), Marcos Rocha (Galo), Filipe Luis (Atlético de Madrid) e Carlinhos (Flu)
Zagueiros: Miranda (Atlético de Madrid), Dedé (Cruzeiro), Réver (Galo) e Marquinhos (PSG)

Meias: Lucas Leiva (Liverpool), Sandro (Tottenham), Elias (Timão), Diego (Atlético de Madrid), Philippe Coutinho (Liverpool), Kaká (Milan) e Ronaldinho (Galo)

Atacantes: Lucas (PSG), Pato (São Paulo), Robinho (Milan), Luis Fabiano (São Paulo) e Diego Tardelli (Galo).

Time: Diego Cavalieri, Rafinha, Dedé, Miranda e Filipe Luis. Lucas Leiva, Elias, Kaká e Ronaldinho. Lucas e Luis Fabiano.

E aí? Daria pra levar a Copa?


Depois de escrever este post, resolvi escolher mais 23. Saca só:

Goleiros: Fábio (Cruzeiro), Diego Alves (Valência/ESP) e Rafael (Napoli/ITA);


Laterais: Danilo (Porto), Lucas (Botafogo), Alex Sandro (Porto) e Wendell (Ex-Grêmio - B. Leverkusen/ALE);


Zagueiros: Alex (PSG), Leandro Castán (Roma), Gil (Timão) e Dória (Botafogo);


Meias: Ralf (Timão), Fernando (Shakhtar/UCR), Rômulo (Spartak/RUS), Jadson (Timão), Julio Baptista (Cruzeiro), Éverton Ribeiro (Cruzeiro), Alex (Coritiba) e Ganso (SP);


Atacantes: Taison (Shakhtar/UCR), Leandro Damião (Santos), Alan Kardec (SP) e Welligton Nem (Shakhtar/UCR).

Time: Diego Alves, Danilo, Alex, Dória e Alex Sandro. Fernando, Rômulo, Jadson e Alex. Leandro Damião e Wellington Nem


Bem treinadinho daria caldo na Copa.

Palavra de Aló.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

O Padrão FIFA



Eu curto muito futebol! Lá fui eu novamente ao Maracanã. Ingresso na mão, Setor Inferior Sul, Bloco 110, há a fileira e o número de meu assento impressos no ticket, mas o orientador diz: "Sente onde quiser! Não é marcado, não!"
Ok! Lá fui eu procurar um local com um visu bacana do relvado.
Sentei em um lugar legal, com ampla visão do campo, mas uma grade dividindo os setores me chamou a atenção. Ironicamente a fileira era a KK. Nem rindo! Aquele assento marcado com uma seta vermelha na primeira foto é diferenciado. Reparem como ele está espremidinho, um pouco mais acima dos outros, até. O assento 14 da fileira KK.
Como jornalista é curioso por natureza, lá fui eu, bonitão, fazer o "test sit". E olhem que surpresa: a grade atrapalha até para ver o gol, como vemos na quarta foto. E as cadeiras que seguem abaixo não deixam a desejar.
Provavelmente, durante a Copa, esta grade será retirada. Mas, para os pobres mortais que são ameaçados pela selvageria das organizadas, a grade estará lá forevis! Coitados os que sentarão nas cadeiras 14 coladas à grade.
O Padrão FIFA não é para os brasileiros. Não estamos preparados pra isso. Acompanhei a partida num sobe e desce do assento porque o povão não assiste ao jogo sentado os 100% do tempo. A cada lance de perigo eles levantavam. E o hot-dog, ou melhor, cold-dog Padrão FIFA? Frio, num pão murcho e sem mostarda/catchup. O meu veio sem. Tudo bem, não curto mesmo. O preço: R$6,00. Na Copa das Confederações estava R$8,00 - precinho Padrão FIFA.
O Padrão FIFA vai durar um mês. Após o dia 13/07, tudo voltará ao normal. A grade, o cold-dog, a educação dos torcedores e o povo tomando no Fuleco.


Palavra de Aló.

domingo, 16 de junho de 2013

Itália Compactada




Tirei essa foto pra mostrar que, quando é atacada, a Itália fica compactada em um 4-3-3 entre a linha do meio de campo e sua intermediária defensiva.

Partida: Itália 2 x 1 México (Pirlo, Balotelli - ITA; Hernandez - MEX) - Copa das Confederações - Estádio do Maracanã - 16/06/2013

Palavra de Aló.



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A vida nada doce, doce, doce de um tênis amarelo



A solidão de um consultório odontológico faz pensar sobre o porquê de ter escolhido o Jornalismo. Ultimamente ando apenas editando. Hoje bateu a vontade de escrever uma crônica. Com vocês:

"A vida nada doce, doce, doce de um tênis amarelo"

Quando eu digo que o universo do dentista é seu consultório e o consultório do jornalista é o universo, não estou brincando. Tarde chuvosa no Rio de Janeiro.Geralmente os pacientes faltam nesses dias. Pela janela da minha sala contemplo os pingos de chuva que começam fracos e lentamente vão apertando. Um mendigo, sim, também há no Leblon, dormia tranquilamente em um banco colocado na calçada em frente à clínica onde trabalho, quando a intempérie o acordou. Sobressaltado e desorientado, resolveu atravessar a Avenida Ataulfo de Paiva para buscar abrigo em uma marquise quando deparou-se com uma caçamba. Olhou-a, mediu-a e lá de dentro retirou dois pares de tênis: um vermelho e outro amarelo fosforescente. O primeiro parecia estar sem condições de uso, mas o amarelo era vistoso, reluzente! Depois de admirá-lo resolveu calçá-lo. Bateu forte no asfalto, pisou firme, virou de lado para olhar a sola e subitamente arrancou-o do pé atirando-o de volta à caçamba.

Pobre tênis amarelo. Desprezado pela segunda vez. Seu dono não o quis, jogou-o fora. E agora acabara de ser descartado por um mendigo. A vida desse tênis amarelo não foi nada doce. Quantas pisadas ele deve ter proporcionado ao seu dono e agora virou lixo. Mas não parou por aí.

Um carrinheiro, catador de papelão, parou perto da caçamba para ver se havia o valoroso produto que cata para vender. Deu de cara com quem: o famoso tênis amarelo. Pois bem...ele também não curtiu o calçado chamativo. Largou aquele sinalizador da Marinha de volta na caçamba e empirulitou-se.

Conclusão: ninguém quis o tênis amarelo. Nem pra servir de calço do carrinho, pé de mesa manca ou para esquentar os pés frios dos descamisados do Leblon. Será que até eles são chiques a ponto de se darem ao luxo de não usarem aquele lixo?

Convenhamos, a vida do tênis amarelo não foi doce, seu final foi melancólico. Afinal, o bichinho era feio de doer, como era.

Palavra de Aló

sábado, 14 de abril de 2012

O bom e velho Alvinegro da Vila Belmiro




O Alvinegro da Vila Belmiro é um senhor enxuto. Completou 100 anos, mas tem alma de menino. Passou a adolescência tentando se firmar, buscando seu espaço. O primeiro título paulista veio na maturidade, aos 23 anos. Mais vinte anos se passaram para que o terreno sagrado da Rua Princesa Isabel pudesse receber a bênção divina. As duas conquistas seguidas aos 43 e 44 anos serviram como cartão de visitas. Deus percebeu que aquele senhor queria mais. Muito mais! Então o presenteou com um iluminado Edson. Não o inventor da lâmpada, mas sim o REInventor do futebol. Um Rei para que ele pudesse dominar o mundo. Que época feliz aquela do senhor Alvinegro. Dos 46 aos 57 anos conquistou dez paulistas, cinco brasileiros, os bicampeonatos da Libertadores e Mundial, o Planeta Terra, o Sistema Solar, a Via Láctea e o Universo. Ufa! Haja fôlego para o vovô garoto. Aos 62 ele perdeu parte de sua alma. Seu Rei disse adeus. Então Deus ponderou: "Você precisa de um descanso para esse coração cara!", mas ele não queria esse descanso não. Dois suspiros, um aos 66 e outro aos 70, pareciam devolver o senhor às glórias. Ledo engano. A escassez dos primórdios voltou. Ele foi parar na UTI. As más línguas falavam que estava nas últimas. Mas o destino, ah o destino... Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Pois é, para o senhor Alvinegro caiu três. Aos 90, um raio chamado Robinho tirou o senhor da UTI e devolveu-lhe a força de um menino. Segura o velho agora! Ganhou mais e mais! Aos 92, 94 e 95. Então Deus percebeu que o vovô ainda tinha o poder e resolveu recolocar o Rei do Mundo em sua vida. O terceiro raio atende pelo nome de Neymar. E o velhinho foi aumentando sua galeria sem se importar com a idade. Aos 98, duas conquistas! E aos 99, se tornou três vezes dono da América. O que esperar desse senhor aos 100 anos? O velhote tá em forma. Tem muito gás para escrever mais 100 anos de glórias.
Parabéns senhor Alvinegro da Vila Belmiro. O Santos vive no coração de muita gente!

Palavra de Aló.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Valeu São Marcos!



2012 começou triste: O Santo pendurou as luvas. Marcos não vai mais operar seus milagres. O futebol vai ficar mais chato sem sua presença. Marcão dava declarações engraçadas e polêmicas. No calor do intervalo ou no final da partida, o milagreiro palmeirense soltava frases sem pensar nas consequências. Mesmo assim, muitos gostam dele. Inclusive torcedores de outros times.
O maior goleiro que vi jogar. No auge de sua carreira, entre 1999 e 2003, foi um dos maiores do mundo. É um dos grandes ídolos da história do Palmeiras, único clube que defendeu com suas mãos santas. Foram 20 anos de devoção. Marcos tinha como característica a doação. Se quebrou várias vezes por ir em todas as bolas. Se precisasse, ele colocaria a cabeça pra dividir com a chuteira do adversário.
Campeão da Copa América (1999), Copa das Confederações (2005) e mundial pela Seleção Brasileira em 2002, o goleirão palmeirense conquistou vários títulos pelo Verdão: os Campeonatos Brasileiros de 1993 e 1994; os Paulistões de 1993, 1994, 1996 e 2008; os Torneios Rio-São Paulo de 1993 e 2000; a Copa do Brasil de 1998; a Copa dos Campeões de 2000; a Série B de 2003; a Copa Mercosul de 1998 e a Libertadores de 1999.
Sua maior defesa foi, sem dúvida, a do pênalti cobrado por Marcelinho Carioca na semifinal na Libertadores de 2000. Está eternizada na retina dos palmeirenses.
Marcão vai deixar saudade...
Tive o prazer de vê-lo em campo várias vezes. A maior partida que vi o Santo fazer foi contra o Peixe, na Vila, em 2002. O time santista voando com Robinho e Diego. Marcos pegou muito! O jogo terminou empatado em 1 a 1 por causa dele.
Foram 530 jogos envergando a camisa do Alviverde. É o sétimo jogador a mais vesti-la na história do clube. Estreou no time profissional em 16 de maio de 1992, num amistoso contra a Esportiva de Guaratinguetá - vitória do Verdão por 4 a 0. Defendeu 33 pênaltis, marca registrada do Santo. Primeiro goleiro a ser escolhido como o melhor jogador da Copa Libertadores (1999) e, convenhamos, foi muito melhor que o frangueiro do Oliver Kahn na final da Copa de 2002. Deixou de transferir-se para o Arsenal-ING pra ficar no Verdão e ajudar o time a conquistar o retorno à Série A em 2003. A torcida não esquece. Sua última partida foi no dia 18 de setembro de 2011, no empate por 1 a 1 contra o Avaí na Ressacada. Curiosamente, esse último gol que tomou foi contra: o zagueiro Henrique desviou o chute do meia Batista e balançou a rede do Santo.
Marcos Roberto Silveira Reis, caipira de Oriente no interior de São Paulo, se aposenta aos 38 anos, mas deve continuar no Palmeiras em algum cargo.
Merece um busto na entrada do novo estádio palmeirense. Em sua cabeça, não poderá faltar a auréola de santo.
São Marcos de Palestra Itália!

Obrigado Marcão!

Palavra de Aló.