quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Valeu São Marcos!



2012 começou triste: O Santo pendurou as luvas. Marcos não vai mais operar seus milagres. O futebol vai ficar mais chato sem sua presença. Marcão dava declarações engraçadas e polêmicas. No calor do intervalo ou no final da partida, o milagreiro palmeirense soltava frases sem pensar nas consequências. Mesmo assim, muitos gostam dele. Inclusive torcedores de outros times.
O maior goleiro que vi jogar. No auge de sua carreira, entre 1999 e 2003, foi um dos maiores do mundo. É um dos grandes ídolos da história do Palmeiras, único clube que defendeu com suas mãos santas. Foram 20 anos de devoção. Marcos tinha como característica a doação. Se quebrou várias vezes por ir em todas as bolas. Se precisasse, ele colocaria a cabeça pra dividir com a chuteira do adversário.
Campeão da Copa América (1999), Copa das Confederações (2005) e mundial pela Seleção Brasileira em 2002, o goleirão palmeirense conquistou vários títulos pelo Verdão: os Campeonatos Brasileiros de 1993 e 1994; os Paulistões de 1993, 1994, 1996 e 2008; os Torneios Rio-São Paulo de 1993 e 2000; a Copa do Brasil de 1998; a Copa dos Campeões de 2000; a Série B de 2003; a Copa Mercosul de 1998 e a Libertadores de 1999.
Sua maior defesa foi, sem dúvida, a do pênalti cobrado por Marcelinho Carioca na semifinal na Libertadores de 2000. Está eternizada na retina dos palmeirenses.
Marcão vai deixar saudade...
Tive o prazer de vê-lo em campo várias vezes. A maior partida que vi o Santo fazer foi contra o Peixe, na Vila, em 2002. O time santista voando com Robinho e Diego. Marcos pegou muito! O jogo terminou empatado em 1 a 1 por causa dele.
Foram 530 jogos envergando a camisa do Alviverde. É o sétimo jogador a mais vesti-la na história do clube. Estreou no time profissional em 16 de maio de 1992, num amistoso contra a Esportiva de Guaratinguetá - vitória do Verdão por 4 a 0. Defendeu 33 pênaltis, marca registrada do Santo. Primeiro goleiro a ser escolhido como o melhor jogador da Copa Libertadores (1999) e, convenhamos, foi muito melhor que o frangueiro do Oliver Kahn na final da Copa de 2002. Deixou de transferir-se para o Arsenal-ING pra ficar no Verdão e ajudar o time a conquistar o retorno à Série A em 2003. A torcida não esquece. Sua última partida foi no dia 18 de setembro de 2011, no empate por 1 a 1 contra o Avaí na Ressacada. Curiosamente, esse último gol que tomou foi contra: o zagueiro Henrique desviou o chute do meia Batista e balançou a rede do Santo.
Marcos Roberto Silveira Reis, caipira de Oriente no interior de São Paulo, se aposenta aos 38 anos, mas deve continuar no Palmeiras em algum cargo.
Merece um busto na entrada do novo estádio palmeirense. Em sua cabeça, não poderá faltar a auréola de santo.
São Marcos de Palestra Itália!

Obrigado Marcão!

Palavra de Aló.

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