sábado, 23 de outubro de 2010

Pelé e Edson: Deus e mortal na terra do futebol




Quando nasceu seu primeiro filho com dona Celeste no dia 23 de Outubro de 1940, na cidade de Três Corações-MG, Dondinho teve uma luz e resolveu batizar o menino com o sobrenome do inventor da lâmpada elétrica, Thomas Alva Edison. Assim veio ao mundo Edson Arantes do Nascimento, sem o "i".
O menino Edson, tal como o filete incandescente do inventor norte-americano, nasceu para brilhar. Zeus, do alto do Monte Olimpo, estava reunido com alguns deuses como Thor e Athena, quando reparou que havia no jardim do palácio um Deus negro brincando com uma esfera que parecia ser o globo terrestre. Esse Deus estava com o mundo aos seus pés. Zeus, com toda sua sabedoria, chamou-o e disse-lhe: “Pelé, és o Deus do futebol, enviar-te-ei ao planeta Terra para que mostres tua magia”. O escolhido de Zeus para encarnar o Deus do futebol, todos sabemos: O iluminado Edson Arantes do Nascimento.
Edson é de Três Corações, mas parecia ter três pulmões. Desde pequeno, espelhando-se no pai Dondinho que fora jogador, Pelé já corria atrás da pelota nos campos de Bauru, interior de São Paulo. O visionário Waldemar de Brito percebeu a genialidade daquele negrinho e o levou para Santos com 15 anos de idade. O resto da história o mundo conhece.
Inspirado pelos Deuses do Olimpo, Pelé fazia com a bola o que gênios como Beethoven e Mozart fizeram com a música; Michelângelo com a escultura, Van Gogh com a pintura, entre outros que foram escolhidos a dedo para desfilarem a plenitude de seu talento na Terra.
Eu, como amante do futebol, não tive o privilégio de assisti-lo em campo. Meu pai falava: “Quando Ele vinha com a bola dominada dava medo!” Só fui ter essa dimensão após assistir ao filme Pelé Eterno.
Um exemplo de dedicação e profissionalismo. Jogador iluminado, completo e espetacular. Não há como compará-lo a um simples mortal. Nesse caso, o simples mortal é o Edson. “Pelé é de Saturno”, como diz seu antigo companheiro de Santos, José Macia, o Pepe. O Rei mesmo separa essas duas figuras: Edson e Pelé. Só separando mortal de entidade é que se pode explicar como esse jogador foi fenomenal e insuperável.
Completando 70 anos neste 23 de outubro, Pelé continua sendo uma das figuras mais conhecidas do mundo, mesmo após 33 anos de sua despedida dos gramados. Um dia, o jornalista Armando Nogueira escreveu: “Pelé já era o melhor antes de ser; e continua sendo, mesmo depois de ter sido”.
Parabéns Edson Dico Gasolina Arantes do Nascimento Pelé!

Palavra de Aló.