quinta-feira, 13 de março de 2008

Os jornalistas perderam seu poder com o advento da internet?



Não acho que os jornalistas perderam poder com o advento da Internet. A rede mundial de computadores nada mais é do que apenas mais um meio onde todas as pessoas podem se informar e se comunicar.

Assim como falavam que a televisão acabaria com os jornais impressos devido às notícias virem acompanhadas das imagens, fato que não ocorreu, a Internet de forma alguma vai tirar poder dos jornalistas, pelo contrário, é um grande instrumento no auxílio de pesquisas; de preparar uma base para uma entrevista; busca de pautas; interação dos assuntos do dia; além de ajudar a encontrar pessoas e trocar informações através de correio eletrônico.

Mas que fique uma ressalva: Tudo isso que foi descrito, principalmente no que tange à pesquisa e preparação para entrevistas, não fique restrito apenas à Internet. O jornalista não pode usá-la como muleta. Ela é mais uma ferramenta. A preparação para uma entrevista ou uma reportagem passa também por leitura de livros e busca de documentos. Quanto mais fontes de informação tivermos, melhor embasados estaremos para realizarmos o trabalho.

Quanto aos Blogs, que inicialmente eram uma espécie de "meu diário" e agora são usados por jornalistas profissionais e amadores, também desacredito que eles possam interferir no trabalho de quem faz um jornalismo sério. Quem tem "Nome" e tem um blog, continuará tendo sua credibilidade por parte dos leitores que geralmente lêem sua coluna nos jornais de grande circulação. Em um blog o jornalista tem um pouco mais de liberdade para expor sua opinião, mas nunca deve perder a responsabilidade e a credibilidade que conquistou.

Palavra de Aló.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Futebol pelo rádio é emoção pura!!!



Ouvir futebol pelo rádio é muito mais emocionante do que assistir pela TV. Eu cometo a loucura de deixar a tecla mute acionada, deixando apenas a imagem do jogo e ligo o rádio para sentir a emoção. O engraçado é que com a velocidade do som sendo maior, o gol sai primeiro no radinho. A defasagem em relação à televisão é de cerca de dois segundos.

Quando eu era garoto, sofri muito ouvindo jogos do Palmeiras. Não havia TV a cabo, pay-per-view e antenas que captavam jogos mediante assinatura. Era difícil passar um jogo do Verdão. Então o rádio foi meu grande companheiro dos anos de agonia. Tive muito mais frustrações do que alegrias, mas nunca deixei de ouvir jogos de meu time.

Dois locutores foram os mais marcantes para mim. O primeiro é o Osmar Santos da Rádio Globo 1.100 AM, o "Garotinho", o "Pai da Matéria", com seus Chirulirulás e Chirulirulis e todo seu jeito especial de narrar futebol, grande figura que mudou conceitos na narração esportiva de rádio e, infelizmente devido a um acidente, ficou impossibilitado de usar seu instrumento mais precioso: a voz.

O outro é o "Pai do Gol", José Silvério, na época da Jovem Pan 620 AM. Hoje na Bandeirantes, Silvério tem uma voz marcante, inconfundível e narra o lance em cima (ouça o gol do Palmeiras contra o Corínthians), de maneira impressionante. Após seu grito de gol, ele descreve todo a jogada com detalhes, melhor do que qualquer repórter de campo. Quando José Silvério está narrando, aperto a tecla mute do televisor com o maior prazer.

Gosto também de outros locutores esportivos como o Oscar Ulisses, Oswaldo Maciel, Cledi Oliveira e Reinaldo Costa, mas Osmar e Silvério são insuperáveis.

Palavra de Aló.

terça-feira, 4 de março de 2008

Repórter persistente consegue fazer entrevista



Esta semana tive minha primeira experiência como repórter trabalhando para um veículo de notícias pela internet. Sou repórter do site UNISANTA online. Na terça dia 26 de fevereiro, recebi pauta para fazer uma matéria: o atraso da entrega da ciclovia da Avenida Afonso Pena em Santos.

Diante do assunto levantei as fontes que deveria entrevistar para realizar a matéria; O secretário de Obras de Santos, o presidente da Associação de Ciclismo e moradores da Afonso Pena.

A entrevista com o presidente da associação consegui através de telefonema. Com moradores do local foi tranqüilo. Para entrevistar o secretário tive que ter o que chamam hoje de "ATITUDE".

Tentei marcar a entrevista por vias legais. Telefonei para a Secretaria de Obras e pedi para falar com ele. Resposta: está em reunião. Me passaram para a assessoria de imprensa e me disseram para aguardar que me retornariam o telefonema para marcar a entrevista. Não retornaram. Mandei um e-mail solicitando a entrevista, o e-mail do próprio secretário e nada. Tinha que fazer esta entrevista até sexta-feira dia 29/02. Neste dia, como não havia recebido resposta alguma, liguei novamente para a secretaria. De novo disseram que me retornariam a ligação. Esperei por uma hora e nada. então decidi: VOU ATÉ LÁ!!!

E fui. Chegando na Prefeitura perguntei onde era a secretaria de Obras. 3º andar respondeu a recepcionista. Peguei o elevador e cheguei ao gabinete do secretário.

Fui entrando, pedindo licença, até que a secretária me abordou:
-Pois não?
-Boa tarde. Sou Roberto, repórter do UNISANTA Online, gostaria de falar com o secretário, ele está?
-Não.
-Ele volta hoje? - Eram 13h30.
-Sim
-Posso aguardá-lo aqui nesta sala?
-Pode. Sente-se e fique à vontade. Aceita um café?
-Não, obrigado.

E lá aguardei por quase três horas. Fiquei lendo revistas antigas iguais as que tenho em meu consultório (não é só dentista que tem revistas velhas na sala de espera).

O secretário finalmente chegou e me recebeu. Fiquei entrevistando-o por cerca de uma hora. Ele foi muito atencioso e não fugiu das perguntas. Fiz até fotos dele. Agradeci a ele pela entrevista e à secretária por ter permitido que eu esperasse a chegada de seu chefe.

Nessa primeira experiência como repórter aprendi que as coisas não vão cair no colo se não corrermos atrás. Tomei a atitude correta de ir ao local mesmo sem a entrevista estar marcada e fui recompensado.
Fica a lição: Com persistência você vence qualquer obstáculo.

Palavra de Aló.