domingo, 29 de abril de 2007

O foguete de Noé

Um novo planeta foi descoberto por astrônomos neste mês de Abril. O GL 581c fica fora de nosso sistema solar, mais precisamente na constelação de Libra, 20,5 anos-luz (194 trilhões de Km) de distância da Terra.

Está sendo chamado de "Superterra" por possuir características semelhantes às de nosso planeta como temperatura, que varia entre zero e 40 graus, força de gravidade suportável e principalmente água. O novo astro é também iluminado por uma estrela, a Gliese 581, que possui 1/3 da massa de nosso Sol e emite 50 vezes menos energia.
Com a tecnologia que possuímos hoje, para o homem conseguir chegar ao novo planeta, levaria cerca de 400.000 anos. Se viajasse com velocidade da luz poderia atingir esse objetivo em 20 anos.

Devemos torcer para que cientistas e engenheiros possam criar combustíveis e motores capazes de realizar essa viagem, para o homem poder fazer um dia o que Deus fez com Noé: construir uma arca, selecionar o que há de melhor e nela colocar, para que o mundo fosse "lavado" com uma tremenda enxurrada.

Construiríamos então o foguete de Noé: nele colocaríamos os animais, alimentos, sementes tudo o que fosse necessário para nossa subsistência e, principalmente, pessoas da melhor estirpe, deixando para trás políticos, bandidos, traficantes. Deixaríamos dinheiro, inveja, ódio e outros fatores desencadeantes de disputa por poder, guerras, atentados. Não teríamos mais fome, miséria, preconceito, medo. Tentaríamos construir uma nova sociedade sem hierarquia, mandos e desmandos todos unidos com um só objetivo: VIVER.

Não precisaríamos de um dilúvio para acabar com o remanescente do planeta Terra. O próprio homem já está encarregando-se dessa proeza.

Por tudo isso o GL 581c não deveria ser chamado de "Superterra" e sim de "Planeta Vida".

Palavra de Aló.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Boleiros, continuam os mesmos...

Eu acompanho futebol há quase 30 anos e com o passar dos anos os jogadores não perderam a mania de dar declarações que não vão ou não poderão cumprir. A última foi o que revelou o camisa 10 do Real Madrid, Robinho, em entrevista à TV Record: " Vou parar de jogar com 30 anos, jogando no Santos." Demagogia ou balela pura?
O que o jogador pretende dando uma declaração dessa? Apenas ficar bem com uma torcida de um time que ele deixou de forma abrupta, dizendo que não queria mais jogar por aquela camisa ou encobrir uma segunda intenção, já que não está satisfeito em seu novo clube, de ficar em evidência e assim despertar interesse de outra agremiação para recebê-lo em seus "sete" últimos anos de carreira?
Na minha adolescência isso também acontecia. Certa vez o então jogador Sócrates do Corínthians declarou: " Não saio do Corínthians, nem do Brasil." Uma semana depois estava vendido para a Fiorentina da Itália. Até Diego Maradona chegou a comentar que, junto com seu amigo e companheiro de Nápoli Careca, terminaria a carreira jogando no Santos. O Careca até veio jogar no time da baixada, mas o Maradona...

O caso mais incrível de que jogador fala muita coisa que nem deve ser escrita ou publicada vem do nosso grande artilheiro Romário. Revirando o baú do AHEA ( Arquivo Histórico e Estatístico do Aló ) encontrei, já com as páginas bem amareladas, uma edição da revista Placar de 06/05/1988 em que o baixinho, então com 22 anos e ainda jogando pelo Vasco da Gama, declara: " Vou parar de jogar aos 28 anos depois de enriquecer na Itália". Ele está com 41 anos, não atuou na Itália e joga até hoje buscando um suposto milésimo gol que insiste em não sair.
Temos vários casos de jogadores que beijam escudos, juram que torcem para aquele time desde pequenos e mudam de time como trocam de camisa. Hoje o dinheiro vale mais que o amor à camisa. Com raras exceções, você cita o nome de um jogador e associa-o à um clube. Antigamente sabia-se escalações de cabeça, hoje muda o mês e o time já não é o mesmo. O jogador Leandro Amaral, hoje no Vasco, chegou a jogar num período de um ano e meio, nos três grandes clubes da capital paulista.
Acabou o futebol romântico. Atualmente o amor é ao dinheiro e não mais à camisa.
Palavra de Aló.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Por que Jornalismo ?

Esta é a pergunta que mais ouço neste 2007. Por que um cirurgião dentista, 13 anos de carreira, resolveu de uma hora para outra cursar outra faculdade. E ainda por cima , Jornalismo. O que tem a ver Jornalismo com Odontologia??? Sou argüido por parentes, amigos, pacientes, professores de Odontologia, de Jornalismo e colegas de minha nova classe.
Ser odontólogo é fascinante. É a profissão que escolhi desde garoto inspirado por meu pai, dentista conceituado e respeitado por colegas e pacientes, muito admirado por este que vos escreve, tanto que, ao prestar o vestibular, coloquei somente uma opção: Odontologia. Entrei para a faculdade aos 17 anos e me formei com 21, desde então exerço essa profissão que tem seu retorno financeiro satisfatório, mas não é só isso. Existe também o prazer de devolver o sorriso às pessoas, delas elogiarem meu trabalho, de dizerem à meu pai que gostaram do serviço feito por mim. Isso vale muito mais do que dinheiro.
Só que o trabalho de um dentista é restrito àquela sala em que atua. Fora cursos e congressos, sua vida é praticamente estática: casa-consultório-casa.
É um mundo fechado. Você tem visão global através de televisão e internet. Por isso estava sentindo a necessidade de me relacionar melhor com o mundo. Daí a opção pelo Jornalismo.
O Jornalismo é dinâmico. Minha vida está com outra cor depois que resolvi fazer este curso. Aprendo coisas novas, estou fazendo novos amigos, procuro passar minha experiência para auxiliar em uma aula, sirvo de exemplo em algumas delas, enfim, acho que encontrei um novo rumo. Estou muito feliz.
Não vou deixar de ser dentista. No futuro serei um dentista-jornalista ou um jornalista-dentista. Vou deixar a vida decidir. Até lá serão quatro anos de luta e dedicação à faculdade.
Com certeza chegarei lá!!!!
Palavra de Aló.