Tive a honra e o prazer de entrevistar nesta tarde o grande José Macia, Pepe, ídolo da torcida santista para a revista Acapulco Magazine. Um craque dentro e fora dos gramados. O canhão da vila me atendeu com humildade e atenção indescritíveis, me tratou como se eu fosse um jornalista já consagrado, fato que por si só já demonstra sua grandeza.
A entrevista foi feita na casa de meu pai onde Pepe participaria de um almoço com mais alguns amigos. Corria às mil maravilhas. Seu Macia respondia às minhas indagações, contava mais histórias além das já existentes em seu livro Bombas de Alegria. Conversámos por cerca de 45 minutos quando fomos interrompidos abruptamente por meu pai que, de certa forma, "arrancou" Pepe da mesa em que me dava a entrevista para ir almoçar. Fiquei sem chão, não consegui agradecê-lo direito pelo grande papo que tivemos. Fui até o local do almoço e agradeci, pedindo-lhe a permissão de poder telefoná-lo para esclarecer alguma dúvida pendente, permissão essa concedida prontamente.
Tinha um compromisso no Guarujá e tive que ir embora. Nessa hora pensei: "Aquilo que aprendemos em aula sobre o local apropriado onde a entrevista deve ser feita acabou de acontecer, deveria ter marcado na casa de Pepe assim não seria interrompido e faria um trabalho mais concentrado e sem ruídos.
Cerca de 1h30 após minha saída, recebi um telefonema de minha mãe no celular. Ela disse-me que o Pepe perguntava por mim. Queria terminar a entrevista. Pedi para falar com ele e solicitei uma visita à sua casa para levar o fotógrafo da revista e lá a terminaria. Prontamente me respondeu: " Claro, me telefone e marcaremos essa visita". Deus sabe o quanto agradeci esse cidadão.
Atitudes como essas demonstram que um grande ídolo também pode ser um grande homem. Ele poderia muito bem ter almoçado e ido embora. Teve a preocupação de perceber que a entrevista não foi concluída e me procurar, fato que nunca mais vou esquecer nessa minha nova profissão de jornalista.
Esse é José Macia. Além de craque uma pessoa especial. Que Deus o abençoe sempre!
Palavra de Aló.
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