Vitória com sabor de derrota.
A frase é feita, mas cabe muito bem com o que aconteceu na Vila Belmiro no jogo do Santos contra o América-MEX, válido pelas quartas-de-final da Copa Libertadores.
O Peixe massacrou o time mexicano do início ao fim da partida. Fábio Costa fez apenas uma mísera defesa. O América montou duas linhas defensivas que foram plantadas antes do meio-de-campo, deixando apenas o gorducho Cabañas à frente.
Dos esportes coletivos, apenas no futebol você pode abdicar de atacar. No vôlei o time é obrigado a marcar ponto a cada ataque, assim como no basquete que tem regras que impõem limite de tempo para um arremesso. No futebol, não. Um time pode ficar os 90 minutos na defesa se isto lhe for conveniente. Foi o que o América fez ontem em Vila Belmiro.
A casa santista estava fervendo, a torcida empurrou o time, mas o Peixe pecou nas finalizações. Chutes com pouca força e cruzamentos feitos da intermediária paravam na zaga mexicana ou nas mãos do goleiro Ochoa.
O jogo estava embolado e o Santos insistia pelo meio, deveria ter aberto mais o jogo pelas pontas. O gol de Kleber Pereira de cabeça nasceu de uma jogada de Quiñones pela lateral, o equatoriano deu um corte no zagueiro e cruzou na cabeça do artilheiro santista, a bola encobriu Ochoa e morreu na rede.
Esse gol acendeu a torcida que tentou empurrar o time praiano, mas isso não foi suficiênte.
O meia Molina estava apagado, tinha que chamar o jogo, teve alguns lampejos, mas, cansado, não conseguiu jogar bem. Faltou ao Santos um Zé Roberto. No ano passado tinha, porém aquele time não tinha um Kleber Pereira. O que prova a tese de que "Uma andorinha só não faz verão".
Uma pena. Vila lotada, presença de Pelé e Robinho, e mais uma vez, como no ano passado o Santos sai da Libertadores pela falta de um golzinho.
Eu e meu primo Edu fomos convidados pelo meu amigo Mario Sergio para assistirmos a partida no camarote de seu sogro. O sogrão é dono de metade do camarote - três carteirinhas. Estavam presentes no estádio cerca de 20 mil pessoas. A máxima da noite foi ter encontrado, no meio destas 20 mil e no mesmo camarote que assistiríamos a partida, meu outro primo Marcelo, que fora convidado pelo dono da outra metade do camarote. A famosa "agulha no palheiro". Foi o melhor da noite.
Agora Libertadores só no ano que vem. Se o Peixe se classificar no Brasileirão.
FICHA TÉCNICA SANTOS 1 x 0 AMÉRICA-MEX
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 22 de maio de 2008
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)
Assistentes: Carlos Pastorino e Robert Muniz
Público: 19.539 pagantes
Renda: R$ 609.820,00
Cartões amarelos: Mariano Trípodi ( Santos-BRA); Villa, Silva, Cabañas e Sebá (América-MEX)
Gol: SANTOS: Kléber Pereira, aos 17 minutos do segundo tempo
SANTOS: Fábio Costa; Betão (Michael Jackson Quiñonez), Marcelo, Fabão e Kleber; Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto e Molina; Wesley (Mariano Trípodi), Kléber Pereira e Lima
Técnico: Emerson Leão
AMÉRICA-MEX: Ochoa; Rojas, Sebá, Sánchez e Castro; Villa, Rodríguez (Iñigo), Silva e Argüello (Armando Sánchez); Cabañas e Esqueda (Mosqueda)
Técnico: Juan Antonio Luna
Palavra de Aló.
Um comentário:
Putz...muita coincidência! Chegar no camarote da Vila Belmiro é de se imaginar que você pode até cruzar com o Pelé, mas de assistir o jogo do mesmo camarote do que o Marcelo até parece mentira! hahaha
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