Que primeiro tempo foi esse!!! E lá no Palestra estava eu, testemunha ocular da história. O estádio estava bonito, o gramado que Luxemburgo tanto reclamou no início do ano, hoje está um tapete e proporcionou aos times toques rasteiros sem que a bola trepidasse em buracos. O palco estava perfeito, O Palmeiras voltou a ter o seu verde tradicional: o verde esmeralda, mais escuro, mais bonito. O Santos entrou com seu uniforme número um: camisa listrada e calção preto. Muitos pensam que o uniforme branco, imortalizado por Pelé e cia, é o principal uniforme do alvinegro da Vila Belmiro, mas esse é o uniforme dois.
O jogo que parecia vazio pelos dois times terem desfalques, principalmente o Palmeiras, teve um primeiro tempo digno desse clássico.
Eletrizante, emocionante, o Palmeiras abriu 3 x 0 com 30 minutos de jogo. O Peixe parecia morto e, com dois gols em 5 minutos, encostou no placar preocupando os cerca de 20.000 palmeirenses presentes. Porém, o gol de Gladstone aos 44 deu tranquilidade ao time esmeraldino e à torcida.
No segundo tempo, a partida tornou-se aquilo que todos esperavam, xôxa e com poucas emoções. Isso ocorreu porque o Palmeiras recuou chamando o Santos para seu campo e tentanto os contra-ataques. A entrada de Maykon Leite, colocado por Cuca nas costas de Fabinho Capixaba, mostrou que o atacante deveria ter começado a partida. Ele deu muito trabalho a defesa palmeirense, mas não foi suficiente.
O que precisa ser consertado nos dois times é o posicionamento defensivo. O Palmeiras vem levando muitos gols e a defesa do Santos, mesmo tendo dois campeões mundiais de clubes - Fabão e Fabiano Eller, bate cabeça e não consegue cortar bolas alçadas na área, conseqüencia de mal posicionamento.
O Verdão está jogando muito no Palestra, para conquistar o título tem que buscar pontos fora de casa, senão vai brigar apenas por vaga na Libertadores.
O Peixe está em situação extremamente preocupante. Se não reagir ainda no primeiro turno, vai ficar complicado. O time tem que fazer tudo o que não fez até agora, porque no início do segundo turno vai fazer 6 jogos na Vila logo nas 10 primeiras rodadas. O problema é que falta "química" ao time praiano. Tem bons jogadores como Kléber, Kléber Pereira, Fábio Costa, Rodrigo Souto, Fabão, entre outros, mas quando as peças não se encaixam nem o melhor técnico do mundo pode salvá-lo. O que o Santos não deve fazer é tentar reagir nas últimas rodadas, a reação tem que vir agora.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 4 X 2 SANTOS Local: Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 24 de julho de 2008, quinta-feira
Horário: 20h30 (de Brasília)
Renda: R$ 571.567,00
Público: 21.338 pessoas
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP)
Assistentes: Ednilson Corona e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos de SP)
Cartões amarelos: Fabão (San), Valdívia (Pal), Maurício (Pal), Apodi (San), Kléber Pereira (San), Marcelo (San), Maikon Leite (San), Leandro (Pal) e Fabiano (San)
GOLS:
PALMEIRAS: Leandro, aos 13 e aos 27, Alex Mineiro, aos 15, Gladstone, aos 44 minutos do primeiro tempo.
SANTOS: Kléber Pereira, aos 34, Apodi, aos 37 minutos do primeiro tempo.
PALMEIRAS: Marcos; Jéci, Gladstone e Maurício (Maicosuel); Fabinho Capixaba, Jumar, Wendel, Diego Souza (Lenny), Valdívia e Leandro; Alex Mineiro.
Técnico: Wanderley Luxemburgo
SANTOS: Felipe; Marcelo, Fabão e Febiano Eller (Thiago Luís); Apodi, Adriano (Fabiano), Dionisio, Molina (Maikon Leite) e Kleber; Kléber Pereira e Nelson Cuevas.
Técnico: Cuca
Palavra de Aló.
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