Mais uma "partida do século" do tênis foi realizada esta semana em Palma de Mallorca, Espanha. O encontro entre o número um do mundo, o suíço Roger Federer e o segundo colocado do ranking, o espanhol Rafael Nadal. Só que desta vez em situação no mínimo inusitada, o desafio realizou-se em uma quadra com pisos diferentes em cada um de seus lados, metade grama e metade saibro, na chamada batalha das superfícies.
Federer possui 47 títulos, sendo 10 de grand slam ( quatro de Wimbledon, três do Australia open e três do US open) é considerado o rei da grama por ter vencido quatro grandes torneios neste piso. Nadal, o rei do saibro, tem 18 títulos, dois de grand slam ( Roland Garros) único dos quatro grandes torneios que é jogado neste tipo de piso. No confronto direto o espanhol leva vantagem sobre o suíço 6-3. Federer nunca venceu Nadal jogando em quadra de saibro.
O JOGO
Rafael Nadal venceu a partida por dois sets a um com parciais de 7-5 , 4-6 e 7-6 (12-10). O jogo foi muito equilibrado. Os jogadores trocavam de lado set a set mas tinha vantagem quem joga melhor no saibro, já que a bola chegava lenta para quem estava deste lado e era devolvida de forma violenta para o lado de grama onde chega mais rápida. O suíço manteve equilíbrio nos pontos feitos nos dois lados ( fez 58 pontos em cada). Já o espanhol fez 70 pontos quando estava jogando no saibro e 51 quando jogou na grama. Isto demonstra que o especialista em quadra lenta era favorecido. Por isso a vitória, apesar de dura, de Nadal.
O que mais chamou a atenção foi o fato de que, ao mudarem de lado, os tenistas também tinham que trocar de tênis, pois existem calçados diferentes para diferentes tipos de piso. Sendo os dois tenistas patrocinados pela mesma empresa, Nike, a exposição da marca foi enorme porque as câmeras de televisão davam close nos pés dos atletas trocando os pares de tênis a cada troca de lado da quadra.
Essa partida já havia sido pensada para que outros dois grandes tenistas a jogasse. De um lado o supercampeão norte-americano Pete Sampras vencedor de sete torneios de Wimbledon e o nosso Gustavo Kuerten que levantou o troféu de Roland Garros por três vezes. Sampras era patrocinado pela Nike e Guga, na época, pela Diadora.
Será que foi este o motivo para a não realização desta partida? O patrocinador fala mais alto do que o evento? Hoje a resposta é sim!
Não vou bater novamente na tecla do romantismo como no futebol. Tenho que me acostumar que são outros tempos. Superexposição, empresários, patrocínios, direitos de imagem, redes de televisão influenciam na realização de qualquer evento desde esportivos até culturais.
Quem não pode pagar por um sinal de tv a cabo ou um pay-per-view fica privado de assistir partidas que às vezes são históricas como esta de Federer e Nadal. Em um País dito democrático toda a população deveria ter acesso a esses eventos pela tv aberta, cabendo ao telespectador a escolha do canal a assistir.
Quem não pode pagar por um sinal de tv a cabo ou um pay-per-view fica privado de assistir partidas que às vezes são históricas como esta de Federer e Nadal. Em um País dito democrático toda a população deveria ter acesso a esses eventos pela tv aberta, cabendo ao telespectador a escolha do canal a assistir.
O problema é que a briga é de "cachorro grande" ficando difícil uma população acomodada como a nossa, ter forças para tentar virar esse jogo.
Palavra de Aló.
Nenhum comentário:
Postar um comentário